Ele chegou à ferroviária segurando o seu bilhete.
Como nunca tinha viajado de trem, José não sabia como agir.
Ele percebeu que havia um grupo de pessoas bem vestidas e imaginou que não deveria se sentar com elas.
No fundo da estação, ele viu um grupo de malandros maltrapilhos. Ele se juntou a eles imaginando que aquele era o seu lugar.
Os passageiros da primeira classe embarcaram, mas os maltrapilhos ficaram aguardando. De repente, ouviu-se um apito e o trem começou a se movimentar. Os malandros pularam para dentro do vagão de bagagens, e José entrou com eles, ficando encolhido em um canto escuro do vagão, segurando a sua passagem com medo.
Ele aguentou firme, imaginando que aquele era o seu lugar. Até que a porta do vagão abriu e entrou o maquinista acompanhado de dois policiais. Eles reviraram as bagagens até que encontraram José e seus amigos no fundo do vagão.
O maquinista então perguntou: "Posso ver os bilhetes?"
José prontamente se levantou e apresentou o seu bilhete.
O maquinista analisou a passagem e começou a gritar: "Meu rapaz, você tem uma passagem de primeira classe. O que você está fazendo aqui no vagão de carga?" E o maquinista concluiu: "Quando se tem um bilhete de primeira classe, o indivíduo deve se comportar como um passageiro de primeira classe".
Desse episódio podemos concluir o quanto é importante se conhecer e, portanto buscar caminhos para o nosso autoconhecimento, para que assim possamos estar ocupando na vida, lugares que dizem respeito a nós mesmos.
Autor Desconhecido
Reflexão
Conhecer e entender o ser humano. Posso estar errado, mas talvez esta seja a coisa mais difícil neste mundo. Diferentemente de uma máquina que podemos controlar o ser humano é imprevisível, nós somos imprevisíveis. Quando achamos que já entendemos alguém ou nós mesmos há um momento em que somos surpreendidos e tudo se vai, dando lugar as dúvidas, a desconfiança e outros sentimentos negativos.
Se é complicado entender os outros, talvez seja mais ainda compreender a nós mesmos: os pensamentos repentinos, os desejos não esperados, as ações impensadas. Precisamos primeiramente entender que somos únicos, temos nossa própria personalidade, nosso próprio jeito de ser e por isso é inútil estarmos nos comparando, seja a alguém melhor ou a alguém inferior, sob nossa concepção.
A compreensão para com os outros e a aceitação de quem realmente somos é possível. Se falhamos, por que as outras pessoas não podem falhar? Se queremos perdão, por que não podemos perdoar?
Para entender os outros primeiramente é necessário nos entendermos, aceitar quem somos, nos dar o devido valor, sentir a importância que temos. Com o passar do tempo, às vezes, deixamos de nos dar importância por outras coisas ou outras pessoas, mas se não estivermos de bem com nós mesmos não podemos ficar bem com os demais.
Todos nós temos um grande valor. Se você não se dá esse valor é necessário construí-lo. Pra isso é preciso entender o que falta em sua vida. Às vezes é necessários dar um tempo a si mesmo ou doar-se a uma causa maior, ajudar quem necessita, passear mais, admirar as coisas simples da vida, o sol, a chuva, o vento, as flores... As pequenas coisas fazem a diferença em nossa existência. Corremos demais, pensamos demais... e por isso só passamos a observar as grandes coisas, os grandes acontecimentos.
Infelizmente não há uma fórmula para que possamos descobrir e aceitar aos outros e a nós mesmo, mas se como você está vivendo não está mostrando resultados é hora de buscar outras alternativas, inventar um novo estilo de vida. Pra isso vale a penas correr riscos, vale a pena a busca por algo novo.
Temos uma só vida e é justo que saibamos ao menos quem somos, para assim viver intensamente.
HFGM
Nenhum comentário:
Postar um comentário