Considerado como mal-educado pela vizinhança e comunidade, o marimbondo foi questionado por seus vizinhos, pois seu relacionamento com os demais insetos e animais nada tinha de satisfatório. Ficava mal-humorado ao menor esbarrão.
Justificava suas ferroadas como autodefesa. Nunca se sentia culpado ou movido a pedir desculpas a ninguém. Seus argumentos eram os seguintes:
“Tudo que sei e pratico aprendi com meus pais. Vivemos numa comunidade fechada. Jamais nos matriculamos em uma escola de relacionamento afetivo. Agimos do mesmo modo em todas as circunstâncias.
Ninguém nunca nos fez uma visita cordial, até porque o acesso à nossa casa é vedado. Ninguém é bem-vindo em nenhuma ocasião.
A intolerância é o lema de nosso viver. Nós criamos as nossas leis. Somos os donos da razão. Nossos “direitos” não podem ser tirados de nós.
Admiramos o modo amistoso das demais comunidades de animais, mas somos diferentes. Nascemos para ferroar. Esta é a nossa natureza.”
Diante destes fatos, a comunidade dos marimbondos vive isolada. Não sabe cooperar para o bem comum. Há medo por parte dos demais membros da fauna com a presença dos marimbondos.
É triste não poder confiar neles, pois nunca se sabe diferenciar quando estão de “bom humor” ou prontos para atacar.
Os marimbondos não podem dizer que são discriminados, pois escolheram seu modo de viver.
Autor Desconhecido
ReflexãoÉ certo que cada um de nós tem características próprias. A forma de pensar, de falar, de sentir e de agir com as demais pessoas que convivem conosco. Por isso, conhecemos pessoas de todos os tipos: risonhas, amigas, companheiras, solidárias... assim como ríspidas, ignorantes, mau-humoradas e indiferentes. A diferença entre as pessoas do primeiro grupo e as do segundo é que o primeiro é capaz de construir pontes que as levarão para a felicidade contínua ao longo se sua passagem neste mundo e o segundo é capaz de construir muros que o isolarão do que realmente traz prazer a vida: a amizade, a felicidade, o sentimento de companheirismo, o amor...
As pessoas que constroem muros ao redor de si o fazem muitas vezes inconscientemente, outras o fazem por vontade própria afirmando para si mesmas que “pessoas boazinhas só levam desvantagem” ou que é melhor “evitar sofrer por abrir os braços a quem não merecia”. O único problema é que elas não percebem que sofrem muito mais e que podem ser muito mais infelizes privando-se de coisas boas que só são perceptíveis quando nos entregamos no jogo da vida.
Todos nós temos decepções, desilusões, amarguras... mas se isolar do mundo por causa disso é se entregar ao lado obscuro da vida antes mesmo de conhecer o poder da luz.
Tem pessoas que não se isolam em muralhas impenetráveis, mas fazem questão de colar uma proteção de arame farpado em volta de si, onde até mesmo as pessoas com quem tem contato podem sair feridas ao tentar se aproximarem, e estas vão se machucando e machucando até o dia em que percebem que podem viver sem ter que ficar tratando de seus ferimentos causados por outros.
Da mesma forma que você se sente pouco a vontade, magoado e ferido ao se aproximar de alguém que te faz mal, as pessoas sentem a mesma sensação em relação a você. Ninguém se sente mal por vontade própria, todos, se pudessem, se sentiriam bem todo o tempo. E faz parte da missão de cada um proporcionar o bem a si mesmo e aos demais.
Nós temos uma única vida e podemos ser como quisermos, independente do meio ao qual estamos inseridos, desde que tenhamos força de vontade e almejemos a mudança.
Lembre-se: As pontes sempre abrem novas possibilidades, novos horizontes. Os muros e as cercas apenas isolam, impossibilitando a liberdade.
HFGM
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