quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Parábola - Como Temperar o Aço

Waterman conta a história do ferreiro que, depois de uma juventude cheia de excessos, decidiu entregar sua alma a Deus. Durante muitos anos, trabalhou com afinco, praticou a caridade, mas apesar de toda a sua dedicação nada parecia dar certo na sua vida. Muito pelo contrário; seus problemas e dívidas se acumulavam cada vez mais.

Uma bela tarde, um amigo que o visitava - e que se compadecia de sua situação difícil - comentou: "É realmente muito estranho que, justamente depois que você resolveu se tornar um homem temente a Deus, sua vida começou a piorar. Eu não desejo enfraquecer sua fé, mas, apesar de toda sua crença no mundo espiritual, nada tem melhorado".
O ferreiro não respondeu imediatamente. Ele já havia pensado nisso muitas vezes, sem entender o que acontecia em sua vida.
Eis o que disse o ferreiro: "Eu recebo nesta oficina o aço ainda não trabalhado e preciso transformá-lo em espada. Você sabe como é feito? Primeiro, eu aqueço a chapa de aço num calor infernal, até que ela fique vermelha. Em seguida, sem qualquer piedade, eu pego o martelo mais pesado e aplico vários golpes até que a peça adquira a forma desejada. Logo ela é mergulhada num balde de água fria, e a oficina inteira se enche com o barulho do vapor, enquanto a peça estala e grita por causa da súbita mudança de temperatura. Tenho que repetir esse processo até conseguir a espada perfeita: uma vez apenas não é suficiente".
O ferreiro deu uma longa pausa e continuou: "Às vezes, o aço chega até minhas mãos e não consegue agüentar esse tratamento. O calor, as marteladas e a água fria termina por enchê-lo de rachaduras. E eu sei que jamais se transformará numa boa lâmina de espada. Então, eu simplesmente o coloco no monte de ferro-velho que você viu na entrada de minha ferraria".
Mais uma pausa e o ferreiro concluiu: "Sei que Deus está me colocando no fogo das aflições. Tenho aceito as marteladas que a vida me dá, e às vezes sinto-me tão frio e insensível como a água que faz sofrer o aço. Mas a única coisa que peço é: "Meu Deus, não desista até que eu consiga tomar a forma que o Senhor espera de mim. Tente da maneira que achar melhor, pelo tempo que quiser, mas jamais me coloque no monte de ferro-velho das almas".

Autor: Lynell Waterman

Reflexão
 
Muitos de nós enfrentamos determinadas situações que achamos impossíveis de serem superadas. Mas de uma coisa temos de ter certeza: Deus dá a cada um o peso que podemos suportar, nunca mais que isso.

Diante de qualquer problema ou situação adversa, a primeira coisa que muitos de nós fazem é reclamar. Por que isso aconteceu comigo? O que eu fiz para merecer isso? Parece que eu joguei pedra na cruz! Deus parece que se esqueceu de mim! – São coisas desse tipo que saímos dizendo aos quatro ventos.
É importante observarmos que grande parte das coisas que temos de enfrentar é conseqüência de nossos próprios atos no passado, seja de caminhos mal traçados, de práticas não-saudáveis, de relações que não soubemos cultivar, de palavras ditas sem necessidade ou de decisões tomadas erroneamente. Porém, outras coisas vêm sem que possamos controlar, sem que possamos prever, e é nesses casos onde temos de aprender a pedir sabedoria e forças a Deus, antes de maldizer e reclamar.
Ninguém quer sofrer, assim como ninguém quer passar provações que façam aflorar o medo, a dor, a raiva, a infelicidade, mas essas são coisas que acontecem não só com você e não só comigo, mas com todos que tem vida dentro de si. A diferença é que alguns conseguem superar, outras não. Isso se dá muitas vezes na diferença de como enfrentamos as coisas, pois sempre podemos escolher entre fazer papel de fraco ou de filhos de Deus dotados de sentimento, força, luz e coragem.
Diante das dificuldades lembre-se que diante de cada erro e de cada situação adversa temos sempre lições que levaremos para toda uma vida, nos fazendo repensar cada novo passo que daremos, nos fazendo lembrar que não podemos errar novamente nas mesmas coisas.
Se nos compararmos ao aço como em nossa história, tenho certeza que nenhum de nós quer ser jogado no monte de ferro-velho e para isso é preciso ação, é preciso coragem, é preciso fé. Se você ainda não tem esses elementos, busque. Vá de encontro a eles. Entregue-se nas mãos do Pai, mas faça também a sua parte.

HFGM

Parábola - A Resposta do Marimbondo

Considerado como mal-educado pela vizinhança e comunidade, o marimbondo foi questionado por seus vizinhos, pois seu relacionamento com os demais insetos e animais nada tinha de satisfatório. Ficava mal-humorado ao menor esbarrão.

Justificava suas ferroadas como autodefesa. Nunca se sentia culpado ou movido a pedir desculpas a ninguém. Seus argumentos eram os seguintes:
“Tudo que sei e pratico aprendi com meus pais. Vivemos numa comunidade fechada. Jamais nos matriculamos em uma escola de relacionamento afetivo. Agimos do mesmo modo em todas as circunstâncias.
Ninguém nunca nos fez uma visita cordial, até porque o acesso à nossa casa é vedado. Ninguém é bem-vindo em nenhuma ocasião.
A intolerância é o lema de nosso viver. Nós criamos as nossas leis. Somos os donos da razão. Nossos “direitos” não podem ser tirados de nós.
Admiramos o modo amistoso das demais comunidades de animais, mas somos diferentes. Nascemos para ferroar. Esta é a nossa natureza.”
Diante destes fatos, a comunidade dos marimbondos vive isolada. Não sabe cooperar para o bem comum. Há medo por parte dos demais membros da fauna com a presença dos marimbondos.
É triste não poder confiar neles, pois nunca se sabe diferenciar quando estão de “bom humor” ou prontos para atacar.
Os marimbondos não podem dizer que são discriminados, pois escolheram seu modo de viver.

Autor Desconhecido
Reflexão
É certo que cada um de nós tem características próprias. A forma de pensar, de falar, de sentir e de agir com as demais pessoas que convivem conosco. Por isso, conhecemos pessoas de todos os tipos: risonhas, amigas, companheiras, solidárias... assim como ríspidas, ignorantes, mau-humoradas e indiferentes. A diferença entre as pessoas do primeiro grupo e as do segundo é que o primeiro é capaz de construir pontes que as levarão para a felicidade contínua ao longo se sua passagem neste mundo e o segundo é capaz de construir muros que o isolarão do que realmente traz prazer a vida: a amizade, a felicidade, o sentimento de companheirismo, o amor...
As pessoas que constroem muros ao redor de si o fazem muitas vezes inconscientemente, outras o fazem por vontade própria afirmando para si mesmas que “pessoas boazinhas só levam desvantagem” ou que é melhor “evitar sofrer por abrir os braços a quem não merecia”. O único problema é que elas não percebem que sofrem muito mais e que podem ser muito mais infelizes privando-se de coisas boas que só são perceptíveis quando nos entregamos no jogo da vida.

Todos nós temos decepções, desilusões, amarguras... mas se isolar do mundo por causa disso é se entregar ao lado obscuro da vida antes mesmo de conhecer o poder da luz.
Tem pessoas que não se isolam em muralhas impenetráveis, mas fazem questão de colar uma proteção de arame farpado em volta de si, onde até mesmo as pessoas com quem tem contato podem sair feridas ao tentar se aproximarem, e estas vão se machucando e machucando até o dia em que percebem que podem viver sem ter que ficar tratando de seus ferimentos causados por outros.
Da mesma forma que você se sente pouco a vontade, magoado e ferido ao se aproximar de alguém que te faz mal, as pessoas sentem a mesma sensação em relação a você. Ninguém se sente mal por vontade própria, todos, se pudessem, se sentiriam bem todo o tempo. E faz parte da missão de cada um proporcionar o bem a si mesmo e aos demais.
Nós temos uma única vida e podemos ser como quisermos, independente do meio ao qual estamos inseridos, desde que tenhamos força de vontade e almejemos a mudança.
Lembre-se: As pontes sempre abrem novas possibilidades, novos horizontes. Os muros e as cercas apenas isolam, impossibilitando a liberdade.

HFGM

Parábola - Feche a boca e abra os braços

Uma amiga ligou com notícias perturbadoras: a filha solteira estava grávida.
Relatou a cena terrível ocorrida no momento em que a filha finalmente contou a ela e ao marido sobre a gravidez. Houve acusações e recriminações, variações sobre o tema "Como pôde fazer isso conosco?" Meu coração doeu por todos: pelos pais que se sentiam traídos e pela filha que se envolveu numa situação complicada como aquela. Será que eu poderia ajudar, servir de ponte entre as duas partes?
Fiquei tão arrasada com a situação que fiz o que faço – com alguma frequência – quando não consigo pensar com clareza: liguei para minha mãe. Ela me lembrou de algo que sempre a ouvi dizer. Imediatamente, escrevi um bilhete para minha amiga, compartilhando o conselho de minha mãe: "Quando uma criança está em apuros, feche a boca e abra os braços.
Tentei seguir o mesmo conselho na criação de meus filhos. Tendo tido cinco em seis anos, é claro que nem sempre conseguia. Tenho uma boca enorme e uma paciência minúscula.
Lembro-me de quando Kim, a mais velha, estava com quatro anos e derrubou o abajur de seu quarto. Depois de me certificar de que não estava machucada, me lancei numa invectiva sobre aquele abajur ser uma antiguidade, sobre estar em nossa família há três gerações, sobre ela precisar ter mais cuidado e como foi que aquilo tinha acontecido – e só então percebi o pavor estampado em seu rosto. Os olhos estavam arregalados, o lábio tremia. Então me lembrei das palavras de minha mãe. Parei no meio da frase e abri os braços.
Kim correu para eles dizendo:
– Desculpa... Desculpa – repetia, entre soluços. Nos sentamos em sua cama, abraçadas, nos embalando. Eu me sentia péssima por tê-la assustado e por fazê-la crer, até mesmo por um segundo, que aquele abajur era mais valioso para mim do que ela.
– Eu também sinto muito, Kim – disse quando ela se acalmou o bastante para conseguir me ouvir. - Gente é mais importante do que abajures. Ainda bem que você não se cortou.
Felizmente, ela me perdoou. O incidente do abajur não deixou marcas perenes. Mas o episódio me ensinou que é melhor segurar a língua do que tentar voltar atrás após um momento de fúria, medo, desapontamento ou frustração.
Quando meus filhos eram adolescentes – todos os cinco ao mesmo tempo – me deram inúmeros outros motivos para colocar a sabedoria de minha mãe em prática: problemas com amigos, o desejo de ser popular, não ter par para ir ao baile da escola, multas de trânsito, experimentos de ciência malsucedidos e ficar em recuperação. Confesso, sem pudores, que seguir o conselho de minha mãe não era a primeira coisa que me passava pela mente quando um professor ou diretor telefonava da escola. Depois de ir buscar o infrator da vez, a conversa do carro era, algumas vezes, ruidosa e unilateral.
Entretanto, nas ocasiões em que me lembrava da técnica de mamãe, eu não precisava voltar atrás no meu mordaz sarcasmo, me desculpar por suposições errôneas ou suspender castigos muito pouco razoáveis. É impressionante como a gente acaba sabendo muito mais da história e da motivação por trás dela quando está abraçando uma criança, mesmo uma criança num corpo adulto. Quando eu segurava a língua, acabava ouvindo meus filhos falarem de seus medos, de sua raiva, de culpas e arrependimentos. Não ficavam na defensiva porque eu não os estava acusando de coisa alguma. Podiam admitir que estavam errados sabendo que eram amados, apesar de tudo. Dava para trabalharmos com "o que você acha que devemos fazer agora", em vez de ficarmos presos a "como foi que a gente veio parar aqui?"
Meus filhos hoje estão crescidos, a maioria já constituiu a própria família. Um deles veio me ver há alguns meses e disse "Mãe, cometi uma idiotice..."
Depois de um abraço, nos sentamos à mesa da cozinha. Escutei e me limitei a assentir com a cabeça durante quase uma hora enquanto aquela criança maravilhosa passava o seu problema por uma peneira. Quando nos levantamos, recebi um abraço de urso que quase esmagou os meus pulmões.
– Obrigado, mãe. Sabia que você me ajudaria a resolver isto.
É incrível como pareço inteligente quando fecho a boca e abro os braços.

Diane C. Perrone

Reflexão
 
A maioria das histórias que lemos sobre afeto entre pais e filhos envolvem as mães. É engraçado como em tudo são as mães que abraçam, que beijam, que ouvem, que conversam. E os pais onde ficam?

Tanto o pai quanto a mãe tem papéis fundamentais na vida dos filhos. Não existe um receituário onde o pai disciplina e a mãe dá carinho ou vice-versa, mas o que deve haver é um entendimento de que os dois fazem parte da vida dos filhos em todos os sentidos.
Hoje há pais insensíveis demais a ponto dos filhos se tornarem incompreensíveis. Há pais ocupados demais onde os filhos muitas vezes parecem estranhos. Há pais cúmplices demais deixando os filhos despreparados para vida. Há pais desumanos demais a ponto de os filhos só quererem distância.
Você pode não conhecer um exemplo de pais perfeitos. Mas há pais que almejam ser sempre o melhor para seus filhos, ponderando suas ações e suas atitudes para com eles, fazendo o que é necessário em cada estágio de suas vidas, sendo capazes de senti-los de verdade, saber suas aflições, o porquê de suas ações, o jeito particular de cada um.
Ser pai e mãe sempre foi mais do que conceber a vida. Não vale ser superficial, não é ter a obrigação de “criar” com alguns dizem. Ser pai e mãe, é estar junto, é dar apoio, é repreender, é educar, é dar carinho, é ensinar para a vida e é acima de tudo saber o real significado da palavra amor.
Não importa a situação em que os pais e os filhos se encontram hoje. Sempre é tempo de recomeçar. Sempre é tempo de dar um passo a procura da felicidade dentro da própria casa, dentro da própria família. Para isso é preciso fé, é preciso perseverança, é preciso querer, fazer acontecer.

HFGM

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

PARÁBOLA: Esopo e a Língua

Esopo era um escravo de rara inteligência que servia à casa de um conhecido chefe militar da antiga Grécia. Certo dia, em que seu patrão conversava com outro companheiro sobre os males e as virtudes do mundo, Esopo foi chamado a dar sua opinião sobre o assunto, ao que respondeu seguramente:

- Tenho a mais absoluta certeza de que a maior virtude da Terra está à venda no mercado.
- Como? Perguntou o amo surpreso. Tens certeza do que está falando? Como podes afirmar tal coisa?
- Não só afirmo, como, se meu amo permitir, irei até lá e trarei a maior virtude da Terra.
Com a devida autorização do amo, saiu Esopo e, dali a alguns minutos voltou carregando um pequeno embrulho. Ao abrir o pacote, o velho chefe encontrou vários pedaços de língua, e, enfurecido, deu ao escravo uma chance para explicar-se.
- Meu amo, não vos enganei, retrucou Esopo. A língua é, realmente, a maior das virtudes. Com ela podemos consolar, ensinar, esclarecer, aliviar e conduzir. Pela língua os ensinos dos filósofos são divulgados, os conceitos religiosos são espalhados, as obras dos poetas se tornam conhecidas de todos.
- Acaso podeis negar essas verdades, meu amo?
- Boa, meu caro, retrucou o amigo do amo. Já que és desembaraçado, que tal trazer-me agora o pior vício do mundo.
- É perfeitamente possível, senhor, e com nova autorização de meu amo, irei novamente ao mercado e de lá trarei o pior vício de toda terra.
Concedida a permissão, Esopo saiu novamente e dali a minutos voltava com outro pacote semelhante ao primeiro. Ao abri-lo, os amigos encontraram novamente pedaços de língua. Desapontados, interrogaram o escravo e obtiveram dele surpreendente resposta:
- Por que vos admirais de minha escolha? Do mesmo modo que a língua, bem utilizada, se converte numa sublime virtude, quando relegada a planos inferiores se transforma no pior dos vícios. Através dela tecem-se as intrigas e as violências verbais. Através dela, as verdades mais santas, por ela mesma ensinadas, podem ser corrompidas e apresentadas como anedotas vulgares e sem sentido. Através da língua, estabelecem-se as discussões infrutíferas, os desentendimentos prolongados e as confusões populares que levam ao desequilíbrio social. Acaso podeis refutar o que digo? indagou Esopo.
Impressionados com a inteligência invulgar do serviçal, ambos os senhores calaram-se, comovidos, e o velho chefe, no mesmo instante, reconhecendo o disparate que era ter um homem tão sábio como escravo, deu-lhe a liberdade. Esopo aceitou a libertação e tornou-se, mais tarde, um contador de fábulas muito conhecido da antiguidade e cujas histórias até hoje se espalham por todo mundo.

Autor desconhecido

Reflexão
Alguns de nós podem discordar da idéia de Esopo de que a língua seja a maior virtude do mundo, toda via ninguém pode negar que o que dizemos serve tanto para bem quanto para o mal.
Tenho certeza que todos gozaríamos de mais paz, de mais amor e de mais felicidade se pensássemos no que vamos falar entes de abrir a boca e descarregar tudo o que temos vontade. Diante de certas situações é certo que nos sairíamos melhor se silenciássemos ao invés de falar a primeira coisa que vem na mente.
Um dos problemas do que dizemos sem pensar ou pensamos de forma errada e expressamos falando é que nunca somos só nós que saímos prejudicados e feridos, sempre envolve alguém... um amigo, um vizinho, um parente ou até mesmo um desconhecido.
Muitos de nós tem o velho hábito de escutar algo e sair propagando aquilo que ouvimos, sem saber ao menos se é verdade a informação que tivemos, com isso denegrimos imagens, arrumamos inimizades e praticamos injustiças. Quando escutamos algo ruim sobre alguém,por exemplo, criamos em nossa mente uma imagem dessa pessoa sem nem ao menos ter dado a oportunidade de conhecê-la melhor, então nós mesmos estamos fazendo um julgamento injusto. Para julgar alguém é necessário antes conhecê-lo, não se deve julgar por aparência. Por esse preconceito perdemos muitas vezes de fazer uma amizade, conhecer uma pessoa que poderia fazer diferença em nossa vida.
Muitos gostam da famosa “fofoca”, do “disse-me-disse”, desde que não seja o alvo. Se você não quer ser alvo de comentários injustos por que fazer isso com alguém?
Creio que se deve propagar o que é certo, verdadeiro... Mesmo assim apenas se tiver um propósito positivo em tudo, não por maldade, não para humilhar, não por prazer. Se sua crítica não é construtiva, não a faça. Faça com o intuito de ajudar. Como já sabemos, muitas vezes é melhor ouvir mais e falar menos.
Sei que é natural de nós seres humanos a fofoca, mas podemos evitar ferir a nós mesmos e aos outros a partir daquilo que dizemos. É certo que se você não souber de uma informação você não vai propagá-la, a não ser que invente. Por isso, podemos ser mais cristãos evitando conversas em que as pessoas começam denegrindo imagens com coisas do tipo: “Eu ouvi falar”, por exemplo...
“Acredite na metade do que vê e em nada do que ouve”. Para propagar algo, ao menos entenda o que se passa. Garanto que você cairá em menos ciladas da vida se souber silenciar mais , ouvir mais. E se você já disse a frase: “não sou só eu que está falando”, acredite que se cada um fizesse a sua parte viveríamos em um mundo muito melhor.

Então, comece fazendo a sua parte e um dia todos acordarão e farão o que é melhor para si também.

HFGM

quinta-feira, 29 de julho de 2010

PARÁBOLA: A importância de saber quem de fato se é

Conta-se que numa aldeia distante, ao sul de Varsóvia, um de seus habitantes mais pobres recebeu um bilhete de trem para visitar um primo muito rico.

Ele chegou à ferroviária segurando o seu bilhete.
Como nunca tinha viajado de trem, José não sabia como agir.
Ele percebeu que havia um grupo de pessoas bem vestidas e imaginou que não deveria se sentar com elas.
No fundo da estação, ele viu um grupo de malandros maltrapilhos. Ele se juntou a eles imaginando que aquele era o seu lugar.
Os passageiros da primeira classe embarcaram, mas os maltrapilhos ficaram aguardando. De repente, ouviu-se um apito e o trem começou a se movimentar. Os malandros pularam para dentro do vagão de bagagens, e José entrou com eles, ficando encolhido em um canto escuro do vagão, segurando a sua passagem com medo.
Ele aguentou firme, imaginando que aquele era o seu lugar. Até que a porta do vagão abriu e entrou o maquinista acompanhado de dois policiais. Eles reviraram as bagagens até que encontraram José e seus amigos no fundo do vagão.
O maquinista então perguntou: "Posso ver os bilhetes?"
José prontamente se levantou e apresentou o seu bilhete.
O maquinista analisou a passagem e começou a gritar: "Meu rapaz, você tem uma passagem de primeira classe. O que você está fazendo aqui no vagão de carga?" E o maquinista concluiu: "Quando se tem um bilhete de primeira classe, o indivíduo deve se comportar como um passageiro de primeira classe".
Desse episódio podemos concluir o quanto é importante se conhecer e, portanto buscar caminhos para o nosso autoconhecimento, para que assim possamos estar ocupando na vida, lugares que dizem respeito a nós mesmos.

Autor Desconhecido

Reflexão
 
Conhecer e entender o ser humano. Posso estar errado, mas talvez esta seja a coisa mais difícil neste mundo. Diferentemente de uma máquina que podemos controlar o ser humano é imprevisível, nós somos imprevisíveis. Quando achamos que já entendemos alguém ou nós mesmos há um momento em que somos surpreendidos e tudo se vai, dando lugar as dúvidas, a desconfiança e outros sentimentos negativos.
Se é complicado entender os outros, talvez seja mais ainda compreender a nós mesmos: os pensamentos repentinos, os desejos não esperados, as ações impensadas. Precisamos primeiramente entender que somos únicos, temos nossa própria personalidade, nosso próprio jeito de ser e por isso é inútil estarmos nos comparando, seja a alguém melhor ou a alguém inferior, sob nossa concepção.
A compreensão para com os outros e a aceitação de quem realmente somos é possível. Se falhamos, por que as outras pessoas não podem falhar? Se queremos perdão, por que não podemos perdoar?
Para entender os outros primeiramente é necessário nos entendermos, aceitar quem somos, nos dar o devido valor, sentir a importância que temos. Com o passar do tempo, às vezes, deixamos de nos dar importância por outras coisas ou outras pessoas, mas se não estivermos de bem com nós mesmos não podemos ficar bem com os demais.
Todos nós temos um grande valor. Se você não se dá esse valor é necessário construí-lo. Pra isso é preciso entender o que falta em sua vida. Às vezes é necessários dar um tempo a si mesmo ou doar-se a uma causa maior, ajudar quem necessita, passear mais, admirar as coisas simples da vida, o sol, a chuva, o vento, as flores... As pequenas coisas fazem a diferença em nossa existência. Corremos demais, pensamos demais... e por isso só passamos a observar as grandes coisas, os grandes acontecimentos.
Infelizmente não há uma fórmula para que possamos descobrir e aceitar aos outros e a nós mesmo, mas se como você está vivendo não está mostrando resultados é hora de buscar outras alternativas, inventar um novo estilo de vida. Pra isso vale a penas correr riscos, vale a pena a busca por algo novo.

Temos uma só vida e é justo que saibamos ao menos quem somos, para assim viver intensamente.

HFGM

quinta-feira, 22 de julho de 2010

PARÁBOLA - Os japoneses e o desafio do peixe fresco

Os japoneses sempre adoraram peixe fresco. Porém, as águas perto do Japão não produzem muitos peixes há décadas. Assim, para alimentar a sua população, os japoneses aumentaram o tamanho dos navios pesqueiros e começaram a pescar mais longe do que nunca. Quanto mais longe os pescadores iam, mais tempo levava para o peixe chegar. Se a viagem de volta levasse mais do que alguns dias, o peixe já não era mais fresco. E os japoneses não gostaram do gosto destes peixes. Para resolver este problema, as empresas de pesca instalaram congeladores em seus barcos. Eles pescavam e congelavam os peixes em alto-mar. Os congeladores permitiram que os pesqueiros fossem mais longe e ficassem em alto mar por muito mais tempo. Os japoneses conseguiram notar a diferença entre peixe fresco e peixe congelado e, é claro, eles não gostaram do peixe congelado. Entretanto, o peixe congelado tornou os preços mais baixos. Então, as empresas de pesca instalaram tanques de peixe nos navios pesqueiros. Eles podiam pescar e enfiar esses peixes nos tanques, “como sardinhas”. Depois de certo tempo, pela falta de espaço, eles paravam de se debater e não se moviam mais. Eles chegavam vivos, porém cansados e abatidos. Infelizmente, os japoneses ainda podiam notar a diferença do gosto. Por não se mexerem por dias, os peixes perdiam o gosto de frescor. Os consumidores japoneses preferiam o gosto de peixe fresco e não, o gosto de peixe apático. Como os japoneses resolveram este problema? Como eles conseguiram trazer ao Japão peixes com gosto de puro frescor?

Para conservar o gosto de peixe fresco, as empresas de pesca japonesas ainda colocam os peixes dentro de tanques, nos seus barcos. Mas, eles também adicionam um pequeno tubarão em cada tanque. O tubarão come alguns peixes, mas a maioria dos peixes chega “muito viva” e fresca no desembarque. Tudo porque os peixes são desafiados, lá nos tanques.

Autor Desconhecido

REFLEXÃO
 
Quantas vezes você já teve vontade de fazer algo diferente e não teve coragem? Quantas vezes você sentiu que podia fazer algo por você mesmo e pelos outros, mas ficou desanimado e desistiu de seus planos? Quantas vezes você já teve medo da depressão por perceber que sua vida simplesmente não fluía como deveria ser?


Você tem que admitir: quando não somos desafiados a fazer algo muitas vezes caímos na mesmisse, na rotina e fazemos apenas o que já somos acostumados a fazer ou simplesmente não fazemos nada.

Muitas vezes temos raiva quando alguém cobra de nós. O patrão cobra um trabalho impecável, a professora exige que o aluno estude mais, os pais querem que os filhos ajudem em casa, o marido reclama que a mulher não quer sair com ele. Tenho que admitir que nos falta paciência realmente com as cobranças, mas se observarmos tudo com outro olhar vamos perceber que nós ganhamos com isso.

Quando somos desafiados, cobrados... aprendemos novas coisas, vivemos novas situações, ganhamos lições que levaremos para toda uma vida.

Tudo é mais difícil quando os problemas vêm e fingimos que eles não existem ou percebemos que estamos cada vez mais nos afundando em algo e simplesmente não fazemos nada para mudar a situação. Pra tudo que fazemos é necessário primeiramente acreditar que é possível, não vale o meio termo. É necessário coragem e determinação pra não desistirmos no meio do caminho, é preciso fé para que quando tudo parecer fugir tenhamos algo a que nos agarrarmos, mas também é necessários ação para que tudo aconteça.

É certo que muitas, sozinhos, não somos capazes de muitas coisas, porém, essa é uma desculpa que arrumamos para continuar parados no tempo e não correr riscos, ficando assim como os peixes dos navios, apáticos. Ninguém gosta de peixe com gosto ruim, as pessoas evitam outras que não sejam capazes de transmitir vida.

Tenha Deus em primeiro lugar na sua vida. Traga a luz para o seu caminho. Movimente-se, viva, desafie a si mesmo e sinta que viver é ir além cada vez mais.

HFGM

domingo, 11 de julho de 2010

PARÁBOLA - "Quem és, deixa marca"


Uma professora de Nova York decidiu honrar cada um de seus alunos que estavam por se graduar no colegio, falando-lhes da marca que cada um deles havia deixado.
Chamou cada um dos estudantes à frente da classe, um a um. Primeiro, contou a cada um como haviam deixado marca na vida dela e na da turma.

Logo presenteou cada um, com uma faixa azul, impressa com letras douradas, na qual se lia, “Quem sou deixa marca.”

Por fim, a mestra decidiu fazer um projeto de aula para ver o impacto que o reconhecimento teria na comunidade.

Deu a cada aluno mais três faixas azuis e lhes pediu que levassem adiante esta cerimônia de reconhecimento. E que deveriam acompanhar os resultados, ver quem premiou quem, e informar à turma no final de uma semana. Um dos alunos foi ver um jovem executivo de uma indústria próxima e o premiou por tê-lo ajudado com o planejamento de sua carreira. Deu-lhe uma faixa azul, e colou-a em sua camisa.

Em seguida deu-lhe as duas faixas extras e lhe disse: “Estamos fazendo na aula um projeto de... ‘reconhecimento’, e gostaríamos que você encontrasse alguém a quem premiar e lhe desse uma faixa azul.”

Mais tarde, nesse mesmo dia, o jovem executivo foi ver seu chefe que tinha reputação de ser uma pessoa amargurada, e lhe disse que o admirava profundamente por ser um genio criativo.

O chefe pareceu ficar muito surpreso. Então o jovem executivo lhe perguntou se ele aceitaria o presente da faixa azul e se lhe dava permissão de colocá-la em sua camisa.

O chefe disse:

“Bem…claro!”

Então o jovem executivo pegou uma das faixas azuis e a colocou no casaco do chefe, bem sobre seu coração…

…e oferecendo-lhe a última faixa, perguntou:

“Poderia pegar esta faixa extra e passá-la a alguém mais a quem queira premiar?”

“O estudante que me deu estas faixas está fazendo um projeto de aula, e queremos continuar esta cerimonia de reconhecimento para ver como vai afetar as pessoas.”

Nessa noite, o chefe chegou em casa, sentou- se com seu filho de 14 anos, e lhe disse:

“Hoje me aconteceu algo incrível!”

“…estava no meu escritório e um de meus empregados veio e me disse que me admirava; então me deu uma faixa azul por me considerar um genio criativo.”

“Imagina! Ele pensa que eu sou um genio criativo!

Logo me pôs uma faixa azul que diz:

‘Quem sou deixa marca.’ ”

“Deu-me uma faixa extra e me pediu que encontrasse alguém mais a quem premiar. Quando eu estava dirigindo para casa esta noite, comecei a pensar a quem poderia premiar com esta faixa, e pensei em ti. Quero-te premiar a ti.”

“Meus dias são muito agitados e quando venho para casa, não te dou muita atenção; grito contigo por não tirares boas notas e pela desordem no teu quarto…”

“Por isso, esta noite, só quero sentar-me aqui e …bem… te dizer que és muito importante para mim.”

“Tu e tua mãe são as pessoas mais importantes na minha vida. És um grande garoto e te amo muito!”

O garoto surpreendido começou a soluçar e a chorar, e não conseguia parar. Todo o seu corpo tremia.

Olhou para seu pai e entre lágrimas lhe disse: “Papai, momentos atrás me sentei em meu quarto e escrevi uma carta para ti e para mamãe, explicando porque tinha tirado minha vida, e lhes pedia que me perdoassem.”

“Ia me suicidar esta noite depois de vocês terem dormido. Eu pensava que vocês não se importavam comigo.”

“A carta está lá em cima, mas não creio que eu vá precisar dela, depois de tudo o que conversamos.”

Seu pai subiu ao segundo piso e encontrou a carta, sincera e cheia de angústia e dor.

No dia seguinte, o chefe regressou ao trabalho totalmente modificado. Já não estava amargurado, e se empenhou em fazer todos os seus empregados saberem que cada um deles faz a diferença.

Por outro lado, o jovem executivo ajudou muitos outros jovens a planejarem suas carreiras, inclusive o filho do chefe, e nunca se esqueceu de recordar-lhes que eles deixavam marcas em sua vida.

Ainda mais, o jovem e seus companheiros de classe aprenderam uma lição muito valiosa.

“Quem és, deixa marca”.
E o jovem rapaz e seus companheiros de classe aprenderam uma lição muito valiosa:

Quem és deixa marca.

Tu nunca saberás a diferença que um pouco de motivação pode fazer numa pessoa.

Autor Desconhecido

Reflexão

“Quem és, deixa marca”. Relembre agora sua história. Que marca seus pais deixaram ou deixam em você? Seus amigos, seus parentes, seus professores, sua equipe de trabalho? Cada uma das pessoas que vive conosco deixa sua marca em nossas vidas de uma forma ou de outra.

Quando lembramos de alguém, em nossos pensamentos vêm a forma que ele nos tocou positiva ou negativamente. Sua marca fará parte de nós por toda uma vida.

Agora, coloque os outros em seu lugar. Como você quer que as pessoas lembrem de você? Aquele estressado que só sabe reclamar... Aquele indiferente que tanto faz qualquer coisa... Aquele insensível que nunca soube ouvir... Ou aquele amigo que se dispõe quando necessário... Aquele feliz que contagia... Aquele entusiasmado que passa confiança?

Eu tenho minha forma de ser e ela agrada a uns e outros não. É certo que não podemos agradar a todos, mas podemos ser de uma forma que as pessoas em sua maioria queiram nossa presença, fiquem bem quando estão ao nosso lado e no futuro nos lembre como alguém que fez diferença na vida delas.

Perceba aquilo que você faz e gosta. Se é ajudar os outros, ouvir, conversar, dar um sorriso contagiante. Não é preciso ser bom em tudo, isso não é possível. Mas são os pequenos gestos que contam e fazem diferença.

Aposto que um amigo seu vai preferir que você dê apenas os parabéns pelo aniversário dele do que simplesmente esquecer a data. Pra isso não é necessário uma grande festa. Aposto que fará mais efeito uma conversa com o filho por algo que ele fez de errado, do que uma “surra” sem ele saber o caminho que deve seguir. Não é necessário ser o melhor pai do mundo pra isso.

Algumas coisas são inquestionáveis. O que você faz, representa o que você é. Suas ações de hoje refletirão sempre no futuro. Você escolhe que caminho deve seguir. Você decide como quer ser lembrado.

“Quem és, deixa marca”. A sua deve ser a melhor.

HFGM